A depressão pós-parto é um problema de saúde pública muito mais frequente do que se imagina que atinge tanto a mãe quanto o desenvolvimento do bebê.
É uma doença de causas variadas (condições socioeconômicas, relacionamentos difíceis, gravidez indesejada, fatores estressantes) e com sintomas também múltiplos (desânimo persistente, sentimento de culpa, falta de apetite e de sono, idéias suicidas e obsessivas)¹ que podem aparecer entre as primeiras quatro semanas até um ano após o parto.
Diagnóstico e tratamento
Devido a essa subjetividade de informações o diagnóstico ainda é difícil e são necessárias escalas para mensurar e caracterizar a depressão. Ainda há alguns esteriótipos da doença que ajudam a dificultar o diagnóstico, por exemplo: a repulsa ao filho nem sempre é um sintoma existente, como muitos pensam².
Faz-se necessário que o atendimento às puérperas pela equipe de saúde não foquem apenas na saúde do bebê, embora existam estudos que demonstrem a relação do ganho de peso do bebê com a saúde mental materna. Confirmando que o ganho ponderal está intimamente ligado ao estado mental saudável da mãe³.
Fica o alerta e a dica da Mãe Coruja para o atendimento não só das condições corporais maternas após o parto, mas também as condições psicológicas. E um indicativo de alerta o ganho ponderal do bebê, principalmente nos seis primeiros meses de vida.
¹Moraes IGS et al. Prevalência da depressão pós-parto e fatores associados. Rev. Saúde Publica. 2006; 40(1):65-70.
²Meira B de M et al. Desafios para profissionais da Atenção Primária no cuidado à mulher com depressão pós-parto. Texto Contexto Enferm. 2015; 24(3): 706-712.
³Hassam BK, Werneck GL, Hasselmann MH. Saúde mental materna e estado nutricional de crianças aos seis meses de vida. Rev. Saúde Pública. 2016; 50:7.