Ao longo do processo evolutivo muita coisa vai se modificando. Assim não poderia ser diferente com a amamentação.
Muita coisa já mudou, muita coisa já foi aprendida, estudada, porém algumas coisas ainda permanecem: dificuldades em amamentar.
Eu tenho observado com os atendimentos que algumas coisas são recorrentes e outras são mais atuais, então vou dividir esse texto em dificuldades que permanecem e dificuldades novas.
Dificuldades que Permanecem
- Dor ao amamentar e lesões: ainda é muito comum mulheres “suportarem” a dor em prol da saúde da criança, com a esperança e fala: “um dia isso passa! É só até calejar”. Pois é, peito não caleja, não é normal sentir dor em momento algum e não há necessidade de sofrer!
- Decifrar o que o bebê deseja. Muitas vezes você não saberá porque ele chora, porque ele grita e porque ele dorme, não temos resposta para tudo!
- Palpites. A falta de alinhamento familiar: saber o que cada um espera, deseja do processo de amamentar é super importante para que não haja divergências ao longo do caminho.
Dificuldades Novas
- Excesso de informação. Hoje com a internet a informação está aí a um dedo de distância, porém há muita informação boa e também ruim, qual é a real? Qual é a científica atual?
- Isolamento. Além do coronavírus, antes já existia um isolamento oculto, famílias formadas longe de seus pais, pois foram para outras cidades, países para construir uma carreira.
- Variações entre profissionais. O pediatra fala uma coisa, o obstetra outra e a consultora outra. No meio disso tudo estão os pais que confiam em todos os profissionais e querem o melhor pro seu bebê. O que fazer?
Independentemente das dificuldades que permanecem ou das novas, temos que melhorar nosso olhar e nosso cuidado. Como nós profissionais e familiares podemos favorecer a amamentação nessas condições e ambientes, protegendo mãe e bebê?
Pais, como vocês podem cercar-se de informações de qualidade e profissionais que prezem pelo que vocês acreditam e desejam. Não caiam em modismo, busquem valores reais e concretos de saúde; pesquisem, conversem com outros pais, questionem os profissionais!
E para você? Qual foi sua dificuldade ou qual dificuldade você teme enfrentar?