1 de março de 2019
By Bruna Collaço
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Introdução
Não foram poucas as vezes que enquanto estava na residência das famílias realizando meus atendimentos o bebê chorou e alguém (pai, mãe, avó, tia…) me olhou e disse: “E agora? O que eu faço?”. Sempre achei bonitinho ver o rosto de assustado deles, porque criança chora! E cabe a nós ajudá-los e interpretá-los já que bebê não fala.
A psicóloga Vera Iaconelli, doutora em psicologia pela USP e diretora do Instituto Gerar, fez um texto belíssimo sobre o Choro Inconsolável dos bebês, e utilizando-me dele farei alguns paralelos com o que diz outra psicóloga que gosto muito, Laura Gutman.
O Choro
Bebês choram sejam porque bolinhas de gases passeiam pelo seu intestino, seja porque o rosto coça, porque dentro do útero era bem mais animado com todos os ruídos do corpo materno e o sacolejo do caminhar, sentar, deitar…e agora se veem confinados ao silêncio de um quarto escuro num berço estático.
Não é a toa que sons de aspirador de pó e secador de cabela tenham efeito quase que calmante. Bebês choram quando ouvem outro bebê chorar e já não sabem mais quem começou primeiro, choram porque não sabem descarregar as intensidades vividas, mesmo as prazerosas. Para um ser de menos de 1 metro, o choro é um ferramenta inestimável de sobrevivência, principalmente porque mobiliza todos os adultos a sua volta!
A origem do choro: talvez nunca se saiba ao certo. Bebês podem ter choros inconsoláveis e ser puro enigma. Normalmente vamos por exclusão, tentando resolver a questão do choro. Pegamos no colo, trocamos a fralda, alimentamos, aquecemos, brincamos, excluímos o tédio…sanamos as necessidades básicas! Porém, inúmeras vezes sanamos tudo isso e não conseguimos resolver o problema. É incrivelmente frustrante e parece acontecer sempre ao fim do dia, mas cada família contará sua versão de como esse pequeno ser conseguiu passar horas chorando e desestruturar a família toda!
É esse, um dos momentos em que a Laura Gutman diz: vamos olhar para essa mãe, vamos olhar para essa mãe-bebê (que são um único ser fundido), ela está exausta, estressada, precisa de um tempo para si? Quais outras questões maternas podem estar refletindo no comportamento desse bebê?
Bebês precisam ser consolados! Não é deixá-los mal acostumados (Mal Acostumado), não é manha. Quando adultos relatam momentos de grande estresse ou sofrimento em suas vidas como acidentes ou perdas, comumente ouvimos frases como: “ninguém me explicava nada”, “ninguém me escutava”. As lembranças desses momentos traumáticos vêm marcadas pelas presenças ou não de outras pessoas com quem se pôde contar.
Bebês também são marcados pela experiência de que nas horas mais difíceis algo agradavelmente familiar comparecia: o cheiro, o embalo, a voz, o toque das pessoas. é assim que se consola o inconsolável, deixando a marca da solidariedade desde o berço. Com o tempo o próprio bebê aprende a se consolar e a pedir que seus pais “assoprem” seus machucados.
Resumindo, na hora mais escura, sejam adultos ou bebês a regra de ouro é: ninguém solta a mão de ninguém!
Não é realmente incrível esse texto da Vera? De uma sensibilidade, de um afeto solidário reconfortante tremendo! Bebês choram e ponto final, vamos suprir as necessidades básicas dele e das mães, dar colo e amor para ambos e pronto!
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